A propósito do Dia de S. Valentim

Quando se pensa em definir amor dá vontade de escrever algo pomposo. Ou algo pseudo-filosófico. A verdade é que, no fundo, a definição que para mim mais se aproxima da verdade é "gostar de alguém", por mais infantil e simples que isso pareça.

O amor deve, acima de tudo, ser algo natural. Pode ser cego para a idade, para o género, para a etnia, para os hábitos estranhos da outra pessoa e para tantas outras coisas, mas não pode cegar-nos em relação à forma como nos tratam.

Não estou a tentar pregar nenhuma definição nem acho a minha forma de ver o mundo melhor que a de qualquer outra pessoa, mas entristece-me toda esta geração de miúdas capaz de rastejar aos pés de um rapaz, suplicando para lhe dar uma oportunidade.

Existem muitas formas de amor e é pena que nos estejam a impingir esta palhaçada de coraçõezinhos, foleiradas e exageros, dizendo que isto é que é gostar de alguém. Ilude-se as pessoas de que é isso que devem encontrar e obter, a qualquer custo. Grandes paixões, grandes histórias e dramas, deixarmos o amor próprio de lado para alcançar um desses 'amores'.

Enquanto se perdem rios de lágrimas e se inventam dramas, perdem-se também tantas outras formas de amor que, muitas vezes, estão tão próximas e são tão saudáveis. O amor por nós mesmos, os pequenos momentos com aqueles de quem gostamos, o amor por fazer algo de que gostamos.

Acredito e sei que há muito mais para descobrir e explorar se virmos para além desta fantochada e espero que todos vocês, solteiros ou comprometidos, não se sintam sozinhos.

 

Babs às 22:07
sinto-me: com sono
música: 'baby it's fact' - hellogoodbye